Convivendo

Severina Francisca Cabral Gotardo – Farol (PR)

A educadora Severina desenvolveu seu projeto Convivendo, respeitando e incluindo alunos da Classe Especial na Escola Municipal Casimiro de Abreu, em Farol/PR, com 49 crianças, sendo 8 delas de classe especial.

O objetivo do projeto foi amenizar e/ou erradicar o preconceito dos alunos do ensino regular em relação aos de ensino especial, levando-os a conviver pacificamente e com respeito mútuo em atividades internas e externas da sala de aula.

Como objeitivo secundário, pretendeu-se elevar a autoestima dos alunos da classe especial, ampliando a convivência escolar, fazendo-os se sentirem incluídos por completo.

Graduada em pedagogia e pós-graduada em Educação Especial e Filosofia e Sociologia, a educadora Severina Francisca Cabral Gotardo é professora da rede municipal há 23 anos. Trabalha desde a educação infantil até as séries de alfabetização e, neste momento, atua nas turmas de terceiro ano.

A primeira atividade foi desenvolvida no pátio para quebrar o gelo e fazer com que as crianças se enturmassem. Foi uma dinâmica de grupo, em que a professora ia lendo um texto em que se trabalhava lateralidade, e as crianças trocavam de cadeira (à direita ou à esquerda) de acordo com o que ia sendo lido.

Em outro momento, foi contada a história “O pássaro sem cor”. Desta vez, em equipes de 3 ou 4 alunos (sempre misturando de ambas as salas), deveriam colorir um pássaro sem cor de acordo com as cores da história, recortar e colar em uma paisagem criada pelo grupo. Em dado momento, um aluno do terceiro ano regular percebeu a dificuldade de um aluno da classe especial para recortar, se levantou e apoiou as mãos do colega para ajudá-lo.

No terceiro momento, em sala, os alunos trabalharam em duplas (um aluno do terceiro ano regular e um da classe especial), ilustraram e coloriram (em um único trabalho feito por ambos) o texto que foi lido na dinâmica de grupo. Foi um momento incrível de interação.

O tangram foi utilizado para que pudessem desenvolver em conjunto a criatividade e a capacidade de raciocínio.

E, no momento de montar o mural para exposição dos trabalhos realizados, foi a vez de um aluno da classe especial ajudar um aluno do terceiro ano regular a alcançar a altura da parede.

Todas as crianças tiveram muita aprendizagem, modificando suas atitudes em alguns momentos. Os alunos do terceiro ano regular adoraram a experiência e passaram a ver os alunos da classe especial com “outros olhos”. As crianças da classe especial, segundo a professora, se tornaram mais comunicativas e mais felizes.

“Tanto os alunos da classe especial quanto os do ensino regular se sentiram fazendo parte de um momento “mágico”. Todos se sentiram especiais e importantes utilizando o mesmo material escolar, o que minimizou as diferenças existentes entre eles, e nos ajudou no resultado positivo, atingindo nossos objetivos.”